Noticia: XXV campanha até final do mês

>> segunda-feira, 12 de julho de 2010

Trabalhos arqueológicos desvendam “segredos” da Villa Romana do Rabaçal

Até final do mês, a Villa Romana do Rabaçal é palco para a XXV campanha de trabalhos arqueológicos, integrada na componente 4 do Plano de Salvaguarda 2007/2010. Pars Rústica (ou Casa da Lavoura), forno cerâmico, mosaicos e estruturas arqueológicas são os alvos de intervenção desta campanha, que inclui ainda a realização de workshops sobre vários aspectos da arqueologia. Os trabalhos destinam-se a identificar os espaços de habitação e serviços da área rústica desta quinta agrícola romana habitada no século IV d.C.
A primeira fase dos trabalhos termina na próxima sexta-feira, e tem incluído a realização de escavações arqueológicas da Pars Rústica, sondagem arqueológica junto ao forno cerâmico, decalque digitalizado dos mosaicos e trabalhos e manutenção dos mosaicos e estruturas arqueológicas em geral, culminando com um workshop internacional de matemática sobre frisos e padrões nos mosaicos geométricos. A segunda fase, de 19 a 30 de Julho, é dedicada à preparação da documentação sobre as escavações, decalque digitalizado de desenhos dos mosaicos, a realização de um workshop internacional sobre metodologias e projecto de conservação, restauro e apresentação de mosaicos e uma reunião do grupo de trabalho do projecto de investigação “Cultura material doméstica na Lusitânia Romana: condições de vida e crescimento”, uma parceria entre o Museu da Villa Romana do Rabaçal e o Conselho Superior de Investigações Científicas de Madrid.
«Pretendemos desta forma interpretar o forno de produção cerâmica, aqui recentemente descoberto, bem como as instalações agrícolas e domésticas, onde viviam os servos que se ocupavam dos variados trabalhos que tinham lugar nas terras de semeadura, na mata, nos pastos, na vinha, no olival, no pomar, na horta e no linhal da respectiva extensa herdade que constituía o “fundus” da Villa», justifica, numa nota de imprensa, a organização, avançando ainda que, em simultâneo decorrem acções de recuperação da casa nora, de manutenção do balneário e na área do palácio urbano, aqui mais no sentido da avaliação do estado de conservação dos mosaicos policromos «qualificados de alto valor artístico».
Ao todo, são cerca de 50 os participantes, entre técnicos, investigadores, autarcas, população e voluntários, o que permite, sublinha a organização, «cruzar conhecimentos e amizades». Participam nesta campanha pessoas de Espanha, França, Itália e, no caso de Portugal, de Coimbra, Miranda do Corvo, Condeixa, Degracias, Camacha (Madeira), Pocariça, Pombalinho, Ovar, Alfafar, Camarinha, Carregã, S. Sebastião, Souto, Patões, Ordem, Rabaçal, Penela, Lisboa e Aveiro. 
 

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