Noticia: Igreja da Lapa abre uma janela sobre o Porto e seus arredores
>> quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
É uma nova janela sobre a cidade e as serras que rodeiam o Porto, aquela que abriu na torre sineira sul da igreja da Lapa, de onde também se avista o mar e a vizinha Gaia. Situado numa das cotas mais altas da Invicta, a ideia deste miradouro aberto ao público nasceu a par da reabilitação daquele monumento histórico, agora em fase de conclusão. Outra novidade: a possível iluminação durante a noite, fazendo a igreja emergir da penumbra e tornando-a visível até mesmo de fora da cidade.
As obras de restauro, conservação e manutenção, projectadas por Joaquim Massena, começaram a ser preparadas em 2005. "Um trabalho persistente, muito cuidado", assinala o arquitecto, cujo fim primeiro foi tentar ser "o mais inócuo possível e preservar a pedra" do edifício de culto onde repousa o coração de D. Pedro IV e cuja primeira missa foi celebrada a 19 de Fevereiro de 1755.
As visitas guiadas deverão arrancar em Outubro do próximo ano e contemplam não só o avistamento da paisagem. O cidadão curioso vai poder conhecer o espólio cultural da Lapa - entre inúmeras obras de arte é também aqui que se "esconde", num relicário atrás de uma porta de bronze, o coração do imperador do Brasil e rei de Portugal, D. Pedro IV, que o ofertou à cidade como prova de afeição e reconhecimento pela sua heróica resistência durante o Cerco do Porto (de Julho de 1832 a Agosto de 1833). A fruição da cidade com outros olhos será feita ainda ao som do maior órgão de tubos da Península Ibérica, cuja música soará durante quinze minutos nos horários das visitas.
A intervenção estendeu-se à fachada e torres da igreja, num total de três mil metros quadrados, e permitiu reabilitar o acesso vertical ao último piso da torre sineira sul, utilizada para a manutenção dos sinos. Um trabalho que "exigiu uma compreensão da igreja e dos elementos que fazem parte da sua construção, que envolveu técnicas díspares", conta Joaquim Massena, especificando que desde que a colocação da primeira pedra até à conclusão da torre poente distam cento e poucos anos.
A comunidade e o cónego António Ferreira dos Santos, reitor da igreja da Lapa, assim como o Igespar - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (entidades com as quais foram promovidas reuniões semanais), foram "indispensáveis na elaboração de um estudo sobre este bem, para que pudéssemos preservá-lo no espaço e no tempo", assinala ainda Massena, acrescentando que a Faculdade de Engenharia está a fazer a monitorização do edifício e do subsolo.
O projecto já foi apresentado à autarquia e pretende iluminar todo o corpo da igreja, através de pontos de luz estrategicamente colocados. Objectivo: ser vista não só dentro da cidade, mas também a partir do exterior. "Criar uma referência que permita, à noite, situarmo-nos no Porto, que sempre teve uma espécie de referência para quem navegava", diz Joaquim Massena, que gostaria de ver a Lapa a emergir da cidade na penumbra, dando-lhe uma forma mais una e não destacando apenas alguns dos seus elementos.
http://dn.sapo.pt
As visitas guiadas deverão arrancar em Outubro do próximo ano e contemplam não só o avistamento da paisagem. O cidadão curioso vai poder conhecer o espólio cultural da Lapa - entre inúmeras obras de arte é também aqui que se "esconde", num relicário atrás de uma porta de bronze, o coração do imperador do Brasil e rei de Portugal, D. Pedro IV, que o ofertou à cidade como prova de afeição e reconhecimento pela sua heróica resistência durante o Cerco do Porto (de Julho de 1832 a Agosto de 1833). A fruição da cidade com outros olhos será feita ainda ao som do maior órgão de tubos da Península Ibérica, cuja música soará durante quinze minutos nos horários das visitas.
A intervenção estendeu-se à fachada e torres da igreja, num total de três mil metros quadrados, e permitiu reabilitar o acesso vertical ao último piso da torre sineira sul, utilizada para a manutenção dos sinos. Um trabalho que "exigiu uma compreensão da igreja e dos elementos que fazem parte da sua construção, que envolveu técnicas díspares", conta Joaquim Massena, especificando que desde que a colocação da primeira pedra até à conclusão da torre poente distam cento e poucos anos.
A comunidade e o cónego António Ferreira dos Santos, reitor da igreja da Lapa, assim como o Igespar - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (entidades com as quais foram promovidas reuniões semanais), foram "indispensáveis na elaboração de um estudo sobre este bem, para que pudéssemos preservá-lo no espaço e no tempo", assinala ainda Massena, acrescentando que a Faculdade de Engenharia está a fazer a monitorização do edifício e do subsolo.
O projecto já foi apresentado à autarquia e pretende iluminar todo o corpo da igreja, através de pontos de luz estrategicamente colocados. Objectivo: ser vista não só dentro da cidade, mas também a partir do exterior. "Criar uma referência que permita, à noite, situarmo-nos no Porto, que sempre teve uma espécie de referência para quem navegava", diz Joaquim Massena, que gostaria de ver a Lapa a emergir da cidade na penumbra, dando-lhe uma forma mais una e não destacando apenas alguns dos seus elementos.
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